quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SAUDE é o que interessa

O desenvolvimento da criança nos dois primeiros anos de vida deve ser avaliado mensalmente, a fim de que se possa identificar e corrigir qualquer alteração o mais cedo possível. Sabemos que o bebê está se desenvolvendo normalmente quando ele vem ganhando peso, altura e progredindo em sua atividade motora.

Uma criança que não ganha peso pode não estar sendo alimentada adequadamente, ou pode sofrer de algum distúrbio que precisa ser diagnosticado pelo pediatra. A criança precisa ser bem alimentada, viver num ambiente calmo, bem ventilado, com roupas adequadas ao clima, tomar banhos diários e receber muito carinho. Uma criança com carência afetiva, sem contato físico e carinho dos pais, pode ficar chorosa, irritada e sem apetite, prejudicando seu ganho de peso e posterior desenvolvimento.

As assaduras

Na maior parte das vezes, as assaduras são causadas pela irritação das fezes e da urina em contato com a pele da criança. As fraldas descartáveis irritam menos a pele do que as de pano. Isto não quer dizer que não se possa usar as fraldas de pano, mas as mesmas deverão ser lavadas com sabão de coco (evite o uso de amaciantes). A fralda de pano deve ser usada quando se constatar que a criança é alérgica a alguns componentes das fraldas descartáveis. As assaduras, se não forem bem cuidadas, podem piorar e/ou infeccionar. É muito importante que a mãe veja onde começou a irritação, para saber se ela provém da região coberta pela fralda descartável ou do sabão em pó da fralda de pano.

Se a irritação começou no bumbum, pode ter sido causada por fezes muito ácidas. Se ela começou nos genitais, a causa pode ser a urina muito alcalina (cheiro de amoníaco). Às vezes a assadura é pequena, fixando-se apenas em torno do ânus; é a chamada perianite. As assaduras podem ter como causa a monilíase (sapinho), que apresenta uma cor vermelha e brilhante com contorno branco, e que deverá ser tratada com antifúngicos. A assadura da urina se deve ao amoníaco que se forma quando demoramos para trocar as fraldas, como acontece de noite. Um outro tipo de assadura, que aparece nas crianças maiores, é causada pelas fraldas muito apertadas.

Tosse crônica

A tosse crônica geralmente é apenas um sintoma comum a vários distúrbios simples, mas pode estar associada a uma doença grave. Portanto, a tosse crônica não é uma doença e sim um sintoma que indica a presença de uma doença que precisa ser descoberta e tratada. A tosse é denominada crônica quando ultrapassa duas ou três semanas, apresentando-se como um recurso do organismo para soltar os irritantes da árvore respiratória, como corpos estranhos, gases irritativos, fumaça, poeira e o excesso de escarro.

Assim que a criança começa a apresentar alguns sintomas de tosse freqüente, os pais devem observar as características dessa tosse, se é tosse seca, com catarro, horário em que a tosse é mais frequente, se há rouquidão etc. A sinusite, por exemplo, causa tosse durante a madrugada e ao acordar; já a tosse noturna, acompanhada de engasgos, pode estar relacionada a um refluxo gastresofágico, doença em que o alimento do estômago volta para o esôfago podendo ser aspirado para o aparelho respiratório (mais comum em crianças pequenas).

Nas bronquites, a tosse é manifestada após realização de esforço físico, e é seca. Quando a criança apresenta a tosse crônica relacionada à diarréia, é sinal de que está com algum tipo de infecção ou com uma doença genética chamada mucoviscidose, onde a criança tem escarro espesso e suor salgado.

Se, juntamente com a tosse, o paciente apresentar emagrecimento, pode se tratar de tuberculose. Se apresentar coceira nasal, pode ser uma tosse de fundo alérgico. Um fator importante e grande causador da tosse crônica é o fumo passivo. A criança aspira a fumaça de pessoas que fumam em casa e se torna uma fumante involuntária. Por isso, o fumante deve acender seu cigarro fora de casa e só entrar no mesmo ambiente em que a criança estiver 30 minutos após ter apagado o cigarro, para dar tempo do pulmão exalar toda a fumaça.

Tomar a temperatura

Para ver se a temperatura de uma criança está normal é preciso alguns cuidados. Podemos medi-la na boca, no reto ( introdução do termômetro no ânus), embaixo do braço (axila) ou na pele. Vamos falar só da temperatura axilar, que é mais usada entre nós. Ao pegar no termômetro não devemos colocar a mão na ponta do mesmo. Quando colocamos o termômetro na criança ela dever estar sem agasalho e com a pele abaixo do braço bem seca.

Manter a temperatura é muito importante para o corpo. É por isso que ela varia muito pouco, entre 36 e 36,9. Na criança de poucos meses, ela varia de 36 a 37,3, normalmente. Se houver alguma dúvida, não custa repetir a leitura meia hora depois. Às vezes, principalmente nos dias frios, as crianças podem ter temperaturas um pouco mais baixas, chegando até 35,5, mas se o aspecto geral da criança estiver bom, não há problema. A não ser que se trate de crianças muito pequenas, principalmente prematuras; é preciso, então, cuidado maior, pois a temperatura baixa não é bom sinal. Em geral a temperatura acima de 37 pode ser considerada febre, e requer vigilância. Ela pode desaparecer espontaneamente ou prolongar-se, às vezes atingindo níveis bem altos. Se a criança tiver menos de 1 mês, temperaturas que cheguem a 38 devem ser objeto de consulta médica o mais cedo possível.

Até os 3 meses, temperaturas de 38,5 ou mais podem ser sintomas de doença séria. E se a febre atingir 39, em qualquer idade, é essencial que o médico saiba. Além de febre, é preciso verificar o estado da criança: abatimento, palidez repentina, extremidades ou os lábios de cor roxa, falta de disposição para comer e para brincar, entre outros, são elementos que devem ser levados em conta. Uma coisa importante: se conseguimos baixar a febre e a criança melhora bem, voltando a sorrir, provavelmente a doença não é grave. Acostume-se a beijar a testa da criança todos os dias para sentir se ela está mais quente do que deve. Afinal, um beijo - não importa por qual motivo - é sempre um carinho.

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