segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Por que as mães são tão chatas?

Com razão, muitos pais se preocupam com a melhor maneira de disciplinar seus filhos, como lhes dar senso de responsabilidade em suas ações e reações. Quanto menor a criança, mais ela admira seus pais. Na verdade, não lhe resta alternativa, ela precisa acreditar na perfeição deles para sentir-se protegida. Na medida em que cresce, não irá admirar seus pais com a mesma ingenuidade; no círculo cada vez mais amplo de suas relações, eles parecerão cada vez menos perfeitos.

Começam as críticas, palavrões, a rebeldia e o descontrole emocional. São escândalos que fazem a casa e a rua toda tremer. Nesses momentos o que é muito comum encontrar são pais que estão mais prontos a criticar e sermão do que para confiar em sua própria eficácia como modelos. Para a criança, o que fica é que o pai está mais preocupado com seu comportamento escandaloso do que interessado na causa da irritação que a levou ao descontrole.

A aquisição da autodisciplina é um processo contínuo, mas lento, de muitos passos pequenos e muitas recaídas. A paciência é uma virtude quieta, que não causa impressão tão profunda e imediata quanto a perda de paciência. É preciso um número infinito de exemplos paternos de autocontrole e paciência para ensinar os valores desse tipo de comportamento e influenciar a criança. Pais que dizem aos filhos para serem disciplinados mas não demonstram possuir disciplina são simplesmente ineficazes. Tudo depende do que fazemos e não do que dizemos.

Um pai que se respeita e está seguro de si, não se sentirá ameaçado em sua autoridade e aceitará que seu filho, por vezes, mostre falta de respeito. Ele sabe que se isso acontece é devido à imaturidade do julgamento que o tempo e a experiência corrigirão.

Paciência X castigos

Um pai que grita por respeito, apenas revela sua insegurança de que isso lhe será dado naturalmente. Um pai inseguro é suficiente para fazer a criança transformar-se num adulto inseguro. Se pudéssemos nos lembrar de nossas próprias lutas quando crianças, como éramos indisciplinados e como foi duro agir contra a nossa vontade, teríamos mais paciência e compreensão, teríamos em mente que, na melhor das hipóteses, eles só são capazes de adquirir disciplina muito lentamente e contra uma grande resistência interior.

Corrigir uma criança, para não falar em ordená-la o que fazer, também tem o efeito de diminuir seu respeito próprio. Mesmo que ela obedeça, a formação de uma personalidade independente não será encorajada, pois quando os aspectos importantes da vida e do comportamento de uma criança são regulados por outros, ela não sentirá necessidade de aprender a controlar-se, já que outros fazem isso por ela.

Há um mundo de diferença entre adquirir disciplina por identificação com aqueles que se admira e tê-la imposta autoritariamente ou dolorosamente. A identificação é o resultado de amar e admirar os pais, não de ser castigado por eles. O que o castigo provoca é resistência. Mesmo que uma criança saiba que está errada, sente que deve haver um modo melhor de ser corrigida do que através de castigos físicos ou mentais.

A maioria das crianças ressente-se do castigo e, quanto mais amam seus pais, mais se sentem insultadas por eles e desapontadas. Pior, esse ressentimento poderá surgir mais tarde sob a forma de comportamento desregrado. Quanto mais severo o castigo, mais dissimulada a criança se tornará. Assim, a criança que era antes aberta em suas atitudes aprende a escondê-las.

O que podemos fazer é buscar consistência em nossa personalidade e ações. Se nosso empenho é firme, nossos traços desejáveis serão tão atraentes aos olhos de nosso filho que ele se identificará fortemente com eles. Mais tarde, à medida que crescer, julgará por si mesmo que características dos pais considera desejáveis e decidirá aquelas com que se identificará.

É muito melhor dizer a uma criança que temos certeza de que não teria se comportado mal se soubesse que estava fazendo algo errado, e mesmo que desaprovemos ou proibamos o que fez, compreendemos que ela tem seus motivos. Tal atitude dará margem ao diálogo e essa aproximação positiva fará com que mais facilmente nos ouça com boa vontade, ainda que tenha que renunciar a alguma coisa que gostaria muito de fazer.

No entanto, se o levarmos a acreditar que não consideramos suas razões dignas de nossa reflexão, não importa quais sejam elas, ficará convicto de que damos crédito apenas à nossa própria maneira de pensar, jamais à dele quando não está de acordo com a nossa. Nesse caso, pode ceder, mas se tornará mais obstinado.

Estimular a criança a pensar

Um filho raramente se convence de que alguma coisa está errada porque seus pais dizem que está. Ela se torna errada para ele porque quer ser amado e a melhor maneira de ser amado, a curto prazo, é fazer o que os pais aprovam e, a longo prazo, ser como eles, identificando-se com seus valores. Essa identificação é, assim, o resultado de amar e admirar os pais, e não de ser castigado por eles.

Afinal, o objetivo de um pai na área da disciplina deve ser aumentar o amor-próprio da criança e tornar esse sentimento tão forte que impedirá, pela vida toda, que o jovem aja erradamente.

Não pretendo sugerir, nem por um momento, que os pais não repreendam um filho ou que nunca se irritem com ele. Até mesmo o mais bondoso e mais bem intencionado pai ficará exasperado algumas vezes. A diferença entre o pai bastante bom e o não tão bom, em tais situações, é que o primeiro entende que sua irritação tem mais a ver com ele mesmo do que com o que a criança fez. O segundo acredita que sua irritação é culpa exclusiva do filho e que tem todo o direito de agir influenciado por ela.

Se castigamos a criança, isso pode diminuir os efeitos de sua angústia e ela não precisará mais se sentir culpada em relação ao que fez, uma vez que aos olhos do pai, pagou a pena. Ambos, pai e filho, livres das emoções negativas que existiam entre eles, podem sentir que a paz foi restabelecida, quando, na verdade, o que houve foi apenas uma descarga emocional e não um aprendizado de fato.

Melhor seria tirar a criança por pouco tempo da nossa presença. Estimulá-la a pensar em suas atitudes e ganharmos tempo para elaborar melhor nossas emoções também. A distância física representa a distância emocional e esse é um símbolo que fala ao consciente e ao inconsciente da criança ao mesmo tempo, por isso é tão eficiente.

Pais honestos e abertos

Temos todo o direito de nos decepcionar, mas nossa decepção não nos dá o direito de castigar. Faz parte da natureza humana ressentir-se de qualquer pessoa que tenha o poder de nos castigar. Somente o exemplo de nosso próprio bom comportamento induzirá nossos filhos a fazer desse comportamento parte de sua personalidade. E devemos ser igualmente honestos e abertos a respeito de nossas emoções, devemos acreditar que nosso amor tem seu melhor efeito através das maneiras pelas quais reagimos às carências e ajudamos nossos filhos em suas dificuldades.

Isso é apenas parte do que significa ser autêntico, não fingindo ser melhores do que somos, mas lutando dentro de nossas possibilidades para vivermos bem a vida, de maneira que as crianças, impressionadas pelas recompensas de viver uma boa vida, oportunamente desejem fazer igual. Mesmo porque, até hoje, nunca conheci uma mãe que não seja, mesmo que de vez em quando, digamos, um pouquinho, chata.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SAUDE é o que interessa

O desenvolvimento da criança nos dois primeiros anos de vida deve ser avaliado mensalmente, a fim de que se possa identificar e corrigir qualquer alteração o mais cedo possível. Sabemos que o bebê está se desenvolvendo normalmente quando ele vem ganhando peso, altura e progredindo em sua atividade motora.

Uma criança que não ganha peso pode não estar sendo alimentada adequadamente, ou pode sofrer de algum distúrbio que precisa ser diagnosticado pelo pediatra. A criança precisa ser bem alimentada, viver num ambiente calmo, bem ventilado, com roupas adequadas ao clima, tomar banhos diários e receber muito carinho. Uma criança com carência afetiva, sem contato físico e carinho dos pais, pode ficar chorosa, irritada e sem apetite, prejudicando seu ganho de peso e posterior desenvolvimento.

As assaduras

Na maior parte das vezes, as assaduras são causadas pela irritação das fezes e da urina em contato com a pele da criança. As fraldas descartáveis irritam menos a pele do que as de pano. Isto não quer dizer que não se possa usar as fraldas de pano, mas as mesmas deverão ser lavadas com sabão de coco (evite o uso de amaciantes). A fralda de pano deve ser usada quando se constatar que a criança é alérgica a alguns componentes das fraldas descartáveis. As assaduras, se não forem bem cuidadas, podem piorar e/ou infeccionar. É muito importante que a mãe veja onde começou a irritação, para saber se ela provém da região coberta pela fralda descartável ou do sabão em pó da fralda de pano.

Se a irritação começou no bumbum, pode ter sido causada por fezes muito ácidas. Se ela começou nos genitais, a causa pode ser a urina muito alcalina (cheiro de amoníaco). Às vezes a assadura é pequena, fixando-se apenas em torno do ânus; é a chamada perianite. As assaduras podem ter como causa a monilíase (sapinho), que apresenta uma cor vermelha e brilhante com contorno branco, e que deverá ser tratada com antifúngicos. A assadura da urina se deve ao amoníaco que se forma quando demoramos para trocar as fraldas, como acontece de noite. Um outro tipo de assadura, que aparece nas crianças maiores, é causada pelas fraldas muito apertadas.

Tosse crônica

A tosse crônica geralmente é apenas um sintoma comum a vários distúrbios simples, mas pode estar associada a uma doença grave. Portanto, a tosse crônica não é uma doença e sim um sintoma que indica a presença de uma doença que precisa ser descoberta e tratada. A tosse é denominada crônica quando ultrapassa duas ou três semanas, apresentando-se como um recurso do organismo para soltar os irritantes da árvore respiratória, como corpos estranhos, gases irritativos, fumaça, poeira e o excesso de escarro.

Assim que a criança começa a apresentar alguns sintomas de tosse freqüente, os pais devem observar as características dessa tosse, se é tosse seca, com catarro, horário em que a tosse é mais frequente, se há rouquidão etc. A sinusite, por exemplo, causa tosse durante a madrugada e ao acordar; já a tosse noturna, acompanhada de engasgos, pode estar relacionada a um refluxo gastresofágico, doença em que o alimento do estômago volta para o esôfago podendo ser aspirado para o aparelho respiratório (mais comum em crianças pequenas).

Nas bronquites, a tosse é manifestada após realização de esforço físico, e é seca. Quando a criança apresenta a tosse crônica relacionada à diarréia, é sinal de que está com algum tipo de infecção ou com uma doença genética chamada mucoviscidose, onde a criança tem escarro espesso e suor salgado.

Se, juntamente com a tosse, o paciente apresentar emagrecimento, pode se tratar de tuberculose. Se apresentar coceira nasal, pode ser uma tosse de fundo alérgico. Um fator importante e grande causador da tosse crônica é o fumo passivo. A criança aspira a fumaça de pessoas que fumam em casa e se torna uma fumante involuntária. Por isso, o fumante deve acender seu cigarro fora de casa e só entrar no mesmo ambiente em que a criança estiver 30 minutos após ter apagado o cigarro, para dar tempo do pulmão exalar toda a fumaça.

Tomar a temperatura

Para ver se a temperatura de uma criança está normal é preciso alguns cuidados. Podemos medi-la na boca, no reto ( introdução do termômetro no ânus), embaixo do braço (axila) ou na pele. Vamos falar só da temperatura axilar, que é mais usada entre nós. Ao pegar no termômetro não devemos colocar a mão na ponta do mesmo. Quando colocamos o termômetro na criança ela dever estar sem agasalho e com a pele abaixo do braço bem seca.

Manter a temperatura é muito importante para o corpo. É por isso que ela varia muito pouco, entre 36 e 36,9. Na criança de poucos meses, ela varia de 36 a 37,3, normalmente. Se houver alguma dúvida, não custa repetir a leitura meia hora depois. Às vezes, principalmente nos dias frios, as crianças podem ter temperaturas um pouco mais baixas, chegando até 35,5, mas se o aspecto geral da criança estiver bom, não há problema. A não ser que se trate de crianças muito pequenas, principalmente prematuras; é preciso, então, cuidado maior, pois a temperatura baixa não é bom sinal. Em geral a temperatura acima de 37 pode ser considerada febre, e requer vigilância. Ela pode desaparecer espontaneamente ou prolongar-se, às vezes atingindo níveis bem altos. Se a criança tiver menos de 1 mês, temperaturas que cheguem a 38 devem ser objeto de consulta médica o mais cedo possível.

Até os 3 meses, temperaturas de 38,5 ou mais podem ser sintomas de doença séria. E se a febre atingir 39, em qualquer idade, é essencial que o médico saiba. Além de febre, é preciso verificar o estado da criança: abatimento, palidez repentina, extremidades ou os lábios de cor roxa, falta de disposição para comer e para brincar, entre outros, são elementos que devem ser levados em conta. Uma coisa importante: se conseguimos baixar a febre e a criança melhora bem, voltando a sorrir, provavelmente a doença não é grave. Acostume-se a beijar a testa da criança todos os dias para sentir se ela está mais quente do que deve. Afinal, um beijo - não importa por qual motivo - é sempre um carinho.

domingo, 22 de agosto de 2010

Rotavirus! O que é, como cuidar.

Todo mundo sempre ouve falar de Rotavírus. Mas será que os papais sabem o que é essa doença e como fazer para cuidar de seus filhotes caso fiquem doentes?

É simples: o Rotavírus é um vírus, com aspecto de roda, que vem sendo o principal agente causador de diarréia em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, especialmente em creches ou escolas.

Embora quase todas as crianças sejam infectadas nos primeiros anos de vida, é com crianças de até dois anos que ocorrem os casos mais graves. As crianças prematuras de baixo nível sócio-economico ou com deficiência imunológica são mais sujeitas a desenvolver um quadro mais grave da doença.

Mas nem mesmo os adultos estão livres de serem contraídos pelos agentes. Em qualquer faixa etária o homem pode ser contaminado, inclusive, mais de uma vez, devido à existência de mais de um sorotipo de Rotavírus. No entanto, a primeira vez é a mais grave e os pais devem tomar muito cuidado se seus filhos contraírem o vírus.

Esses vírus são eliminados em alta quantidade nas fezes de crianças infectadas e transmitidos pela via fecal-oral, por água ou alimentos, por contato com as pessoas, por objetos contaminados e principalmente pela via respiratória, ou seja, da mesma forma que um vírus de gripe. É por este motivo que sua incidência aumenta muito nos meses de inverno, juntamente com os casos de gripe. Porém, o Rotavírus, ao contrário dos outros vírus, permanece vivo por mais tempo no ambiente e é mais resistente, portanto sua proliferação é mais fácil.

A infecção por Rotavírus pode ser assintomática, ou seja, causar sintomas no doente, ou não. Em casos de infecção sintomática pode variar de um quadro leve, com diarréia líquida e duração limitada aos quadros graves com desidratação, febre, vômitos e cólicas. Pode ainda haver sintomas respiratórios, como obstrução nasal, coriza discreta, dor de garganta e tosse seca.

O vírus pode passar por quatro etapas. Na primeira, que corresponde à maioria dos casos, a criança é hidratada em casa sem maiores complicações. Depois, pode ser necessário fazer uma consulta ao médico e indicar a hidratação oral (sorinho). No terceiro estágio, a criança precisa passar por uma observação hospitalar no pronto-socorro por cerca de 12 horas. Só quando a virose atinge a última etapa é que a internação hospitalar se faz necessária.

A higiene é fundamental e, em casa, os pais podem tomar algumas providências para evitar a virose: lavar as mãos, pois a mão é um dos principais focos de contágio, controlar a qualidade da água e dos alimentos e destino adequado dos dejetos e do esgoto. Essas medidas são imprescindíveis para a prevenção de quaisquer surtos de diarréia. Um outro aspecto importante e fundamental nas crianças de até seis meses de idade, é quanto ao estímulo do aleitamento materno, que parece ter principal presença pelos níveis de anticorpos contra o Rotavírus, pois fornece à criança defesas contra vírus, bactérias ou protozoários causadores da diarréia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Educando seu bebê

Estimular o desenvolvimento de todas as potencialidades das crianças na sua fase de maior desenvolvimento cerebral, isto é, do nascimento aos três anos de idade, é a proposta que a escola AeD – Aprendizagem e Desenvolvimento trouxe para o Brasil há três anos. Com metodologia importada dos Estados Unidos e adaptada à realidade brasileira com a consultoria de uma instituição de investigação e desenvolvimento neurológico espanhola, a escola propõe aproveitar os "momentos certos", chamados janelas de oportunidades, para alavancar ao máximo as potencialidades de cada criança.

A capacidade intelectual de um bebê depende 70% da educação, dos estímulos recebidos nos primeiros anos de vida, e apenas 30% da herança genética, o potencial de desenvolvimento do cérebro pode chegar a 60% na faixa de zero a três anos e certas habilidades perdem-se se não forem devidamente aproveitadas nesse período.

A idéia segue como linha metodológica principal o desenvolvimento das faculdades intelectuais (motora, manual, lingüística, artística, matemática e musical) e as volitivas (valores morais) das crianças.bOs resultados, são maior inteligência lingüística (falar duas ou mais línguas), criatividade e iniciativa, auto-estima, facilidade para a prática de esportes, inteligência matemática e raciocínio lógico, liderança, musicalidade, curiosidade e prazer em aprender.

Estimulando seu bebê

Através de diferentes exercícios e jogos pedagógicos, será possível oferecer às crianças bem pequenas uma variada gama de estímulos sensoriais e motores. Entre os exemplos citados estão exercícios físicos em forma de circuito de obstáculos (em colchões), apresentação aos bebês de palavras, imagens e audições musicais, especialmente com música clássica.

É necessário valorizar a aquisição de hábitos de ordem, higiene, alimentação e sono, além de privilegiar atitudes de convivência, amizade, iniciativa e esforço. Assim, ajudamos a formar crianças com uma grande força de vontade, capazes de superarem frustrações e problemas em suas vidas de forma alegre e bem-humorada.

As mamães e papais devem procurar incentivar seus filhos praticando atividades em casa, paralelo aos da escola.

Desenvolvimento harmônico

O que estressa as crianças é a expectativa dos pais, quem realiza testes e cobranças em excesso pode levar os pequenos à perda de interesse. Ela destaca a importância do entusiasmo materno e paterno para aplicar o método e o respeito ao ritmo de cada criança. Propor atividades divertidas, evitar rótulos e comparações sobre o desempenho são algumas dicas. "Mas a base de todo o processo é o amor incondicional."

O desenvolvimento harmônico das habilidades da criança, acontece através de sinapses (conexões ou circuitos neurológicos formados a partir da estimulação dos neurônios). A alfabetização natural não é o principal objetivo, mas, sim, um sintoma do exercício da inteligência, de uma organização neurológica superior, que permitirá também habilidades de síntese, compreensão e resolução de problemas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O dilema do primeiro dia de aula do bebe

A preocupação com a educação dos filhos é uma constante na vida dos pais. Antes mesmo da chegada do bebê, eles já procuram proporcionar o melhor ambiente de convivência, pensando sempre no conforto e na qualidade de vida dos pimpolhos. Muitos chegam até mesmo a consultar as próprias crianças sobre qual é a escolinha que mais lhes agrada. A idéia de que os filhos devem estar à frente de todas as escolhas pode ser um indício de falta de imposição de limites por parte de alguns pais, que pensam que essa liberdade é saudável. “Deixar uma criança escolher, nessa faixa etária (pré-escola), algo tão importante é totalmente inadequado”, alerta a psicanalista infantil Vera Zimmermann. E como os pais devem enfrentar a tensão dos filhos no primeiro dia de aula? Para a psicanalista, a escolha correta da escolinha é essencial para minimizar os problemas desse dia tão importante na vida de uma criança.

O comportamento dos pais influencia muito a reação da criança ao primeiro dia de aula. Para que o pequeno aluno não fique inseguro ao colocar os pés no novo ambiente, os pais devem transmitir a segurança de que aquilo é o melhor para ele. Para a psicanalista, é muito importante que os pais procurem ter contato e obtenham confiança na professora que cuidará de seus filhos, porque ela “assume uma função materna”. A passagem do ambiente familiar para o social é difícil e problemas com a adaptação da criança à nova realidade são naturais. “É até esperado que eles apresentem problemas no início”, opina a psicanalista.

Para ela, a criança que não tenha uma reação, mostrando ao menos um pouco de medo e insegurança no início do convívio em um ambiente novo, pode estar apresentando falta de vínculo familiar ou mesmo falta de espaço para se expressar; ela pode estar sendo muito cobrada pelos pais, que exigem um primeiro dia de aula sem choro. No começo, essas crianças parecem ser as que menos estão sofrendo, porém a dificuldade aumenta com o tempo e a crise é muito maior posteriormente.

Para saber lidar melhor com esse período, quando geralmente a criança tem entre 2 e 3 anos e alcança sua “autonomia corporal”, estando pronta para a estréia escolar, Vera dá algumas dicas para os pais que querem ver seus pimpolhos felizes num ambiente confortável e saudável. A psicanalista avisa que é importante ter disponibilidade para passar algum tempo na escola na fase de adaptação da criança (geralmente uma semana). Convém para isso preparar o próprio ambiente de trabalho para as possíveis eventualidades, como atrasos ou faltas, na medida do possível. Outra dica é ficar de olho na atenção que a escola dá ao problema. “A escola que não respeita isso não é uma boa escola, o que já serve como critério para avaliá-la”.

Vera diz ainda que, quando a criança reage à saída da mãe com pânico mesmo depois de algumas semanas de aula, essa deve ser considerada uma adaptação difícil, mas que pode ser trabalhada com a direção da escola, junto aos pais ou mesmo com a ajuda de um profissional especializado. Enfim, todos os problemas podem ser resolvidos quando recebem a merecida atenção, principalmente dos pais, que devem estar sempre atentos ao comportamento de seus filhos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ADENOIDE, um terror noturno para nossos bebes

Embora muitas mães não tenham conhecimento, o problema da adenóide em crianças é mais comum do que se imagina. Na verdade, adenóides - localizadas na parte de trás do nariz e do palato mole - não representam uma doença, mas sim fazem parte da anatomia do ser humano.
Ela é típica na fase infantil, até os seis anos. É resultado de constantes infecções nas vias aéreas superiores, como, rinites, sinusites, alergias e infecções crônicas por bactérias e vírus. E ainda de roncos ou apnéia noturna (parada da respiração durante o sono). Muitas mães acabam descobrindo o mal não só por causa das infecções, mas sim quando observam roncos e até que a criança dorme com a boca aberta.
Conforme estudos médicos, quando os antibióticos não resolvem o mal é necessário fazer a cirurgia. A operação mais comum é feita com cureta de beckman. Como a adenóide começa a diminuir após os seis anos, especialistas indicam a cirurgia para depois desta idade. É um procedimento simples onde criança pode ir para casa no mesmo dia, ainda que leve anestesia geral.
Caso a cirurgia não seja realizada, a criança pode ter conseqüências graves, entre elas, infecções freqüentes no ouvido, sono agitado, cansaço e até mesmo retardo no crescimento, perda auditiva ou hipertensão pulmonar, o que dificulta no seu processo de desenvolvimento.
É importante queridas mamães que procurem um otorrino assim que desconfiarem dos sintomas. Apenas com um raio-X de perfil e um exame chamado de nasofibroscopia, já é possível detectar o problema no próprio consultório.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Meninos, meninas e suas diferenças!

Enquanto sao bebes, se sao meninos ou meninas nao os difere muito, pois ambos adoram ser acarinhados, brincar, sentir cocegas, rir, explorar o ambiente em volta e ser levantados no ar; suas personalidades variam muito, uns calmos e sussegados, uns barulhentos e agitados, outros ansiosos e irritadicos. Mas algumas diferencas comecam a aparecer bem cedo. Os meninos sao menos sensiveis a rostos; as meninas tem um senso de toque mais apurado. Os meninos crescem mais depressa e ficam mais fortes, e sentem mais sua separação da mãe. Quando comecam a andar, os meninos se movimentam muito e precisam de mais espaço para suas brincadeiras; gostam de manipular objetos, fazendo altas construções com blocos educativos, enquanto as meninas preferem construção com pouca altura. Na pré-escola quando um menino é apresentado ao grupo, costuma ser ignorado pelos meninos, enquanto as meninas prestam atenção nele e se aproximam para ajudar. E, infelizmente, os adultos tendem a tratar os meninos com mais rispidez. Estudos mostram que os pais abraçam, acariciam e falam muito mais com as filhas; as maes dos meninos tendem a bater neles com mais força e com mais frequencia do que o fazem com as meninas; tudo isso influencia que os meninos necessitem de muito mais ajuda que as meninas para adquirir habilidades sociais.
Algumas diferenças entre os sexos são tão obvias que é surpreendente que sejam subestimadas; por exemplo: o garoto comum tem 30% mais de massa muscular que a garota comum; os garotos são mais fortes, têm o corpo mais inclinado à ação e têm mais glóbulos vermelhos (o verdadeiro sangue quente!), graças a isso temos que dar oportunidade aos meninos de se exercitarem mais, assim como ajuda extra para se controlarem e não sairem batendo em meninos e meninas; assim como precisamos ajuda-las a não usar sua habilidade verbal superior para implicar e humilha-los.
A escola é uma fase que marca profundamente a diferença entre os meninos e meninas. Muitos estudos ja mostraram que os meninos são mais propensos que as meninas a ficarem anciosos por causa de separações, se debatendo com uma sensação de terem sido abandonados; o que pode levar o menino a desenvolver um comportamento irrequieto ou agressivo ainda na creche, carregando esse rotulo por toda a vida escolar; as meninas trabalham em grupo; os meninos circulam como indios em volta de um vagão de trem, implicam com as meninas e brigam uns com os outros! Os trabalho dos meninos costumam ser mais desleixados e de pior qualidade. Entram em uma fase, ´lá pela terceira serie, de falarem o minimooo possivel, tipo "oi", "tá". A tendencia é que os adolescentes meninos sejam bastante inseguros quanto aos relacionamentos e a aproximacao das garotas; quando elas estão por perto, alguns ficam terrivelmente tímidos e outros se tornam agressivos e desagradáveis.
Mas tudo isso não significa que todo menino deve ... ou toda menina deve .... não existe uma regra geral, afinal, isso pode variar muito entre os meninos e meninas; devemos entender que as diferenças entre os sexos são generalizações que permanecem verdadeiras durante o tempo em que forem úteis. As diferenças surgiram de acordo com a evolução da humanidade para se adaptar ao ambiente em que vivemos, enquanto as mulheres tinham como trabalho apanhar sementes e frutos, assim como cuidar das crianças; os homens tinham como atividade principal a caça; assim os corpos femininos se tornaram menores e mais resistentes, e os masculinos mais fortes e habeis.
O nivel de testosterona também influencia muito na formação do menino, assim como em seu crescimento, atividade e mesmo necessidade de competitividade; tudo isso faz com que o menino precise de uma orientacao forma, de um ambiente seguro e organizado. Algumas meninas também possuem bastante testosterona, mas de modo geral, isso é coisa de menino, e precisa de compreensão, ao invés de acusações e ironias. O testosterona equivale a vitalidade, e cabe a nós aceitarmos isso, canalizando para uma direção saudavel.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como lidar com a agressividade das criancas

De repente, seu bebê fofo e rosado, que até então só inspirava doces emoções, contorce o rosto, grita irritado e... crava as unhas em seu braço! Tudo isso só porque você o tirou de perto da escada ou não o deixou pegar algo. Não importa a razão, a primeira vez que tomamos contato com a raiva do filho pode ser assustador. Ficamos angustiados: como um bebê já pode ser tão agressivo? Será que sua educação está errada? Ele será uma criança má? Ainda tem saída? Alguns especialistas passaram as resposta dessas e outras perguntas que passam pela cabeça (e o coração) dos pais nessas situações.

1. Por que bebês tão pequenos podem ser agressivos?
Até completarem 3, 4 anos, as crianças são desprovidas de recursos para lidar com a frustração. Imagine um bebê cheio de curiosidade e desejos. Quando suas vontades não são atendidas, surge um sentimento de decepção muito forte – e rápido. Ele não sabe lidar com essa intensidade. Como não fala, não tem argumentação e raciocínio, usa o físico para se manifestar. “A criança pequena não tem competência cognitiva para trabalhar a frustração. Ela agride para se defender do que sente e não entende aquilo como uma agressão. É instintivo”, explica a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo Pompeia, em São Paulo.

A boa notícia é que, com o tempo e a educação que recebe, a criança aprende a transformar essa raiva em um comportamento aceito pela sociedade – e por você, querida mamae. Assim, descobre uma maneira, uma válvula de escape para lidar com as frustrações, como nós adultos fazemos na maioria das vezes. A notícia não tão boa é que, depois dos primeiros dois anos de vida, aparecem outros fatores que levam à agressividade. Um deles é a própria personalidade da criança. Algumas realmente serão mais raivosas do que as outras e exigirão uma orientação mais profunda para se adequar e direcionar essa energia para algo positivo.

Certos acontecimentos na família, como mudanças, separação, doenças e discussões, assustam a criança e ela pode reagir, sendo agressiva. “Pode ser algo muito inconsciente e angustiante, de funcionamento familiar, pais enfraquecidos, submissão a avós, iminência de separação e outros sintomas de que a família não está bem estruturada”, diz a psicóloga Daniela Rocha Paes Peres. A criança fica insegura com o contexto familiar e descobre na agressividade uma forma de sinalizar que precisa de atenção, explicações, carinho e até limites para se sentir bem novamente.

O pequeno também pode ser hostil porque imita os adultos que a cerca. Muitas vezes, não nos damos conta de como podemos ser violentos no dia a dia. Na hora de comemorar um gol, quando aproveitamos para nos manifestar sobre o adversário ou na hora de reclamar do vizinho que está dando uma festa. A criança está sempre ali, observando nossas reações, aprendendo com elas. E mais uma vez, como não sabe argumentar, traduz a energia agressiva que quer imitar para o físico, batendo, mordendo, chutando.

2. Criança agressiva é culpa dos pais?
Os pais devem se sentir responsáveis pelo filho, mas não podem achar que serão capazes de moldá-los completamente. Uma criança de temperamento mais agressivo não mudará totalmente. O que muda é que, com a educação, os pais ajudarão a perceber o quanto ela perde com certas atitudes. É preciso lidar com a personalidade dela.

Mas, em alguns casos, a família pode estar incentivando essa atitude. Isso acontece quando a criança os imita. A agressividade do filho pode ser reflexo direto de uma identificação com um adulto. “Se o pai dirige de maneira violenta, xingando e fechando os outros carros, esse é o modelo de masculinidade que o filho vai receber. Uma família mais agressiva, com pais muito bravos, virulentos em suas palavras, transmite esse modo de funcionamento aos filhos. Fica natural se comportar dessa maneira”, explica Daniela Peres.

Outro descuido comum que pode gerar o comportamento raivoso da criança é a falta de limites. Sim, educar é difícil, dizer “não” milhares de vezes ao dia pode parecer insano, mas é necessário. Apesar de aparentar o contrário, filhos que fazem tudo o que querem ficam inseguros, querem a proteção de um “não pode”, a orientação dos pais. Mesmo bebês de apenas 2 anos já mostram a sua raiva para sinalizar a falta de limites.

3. Como lidar com a agressividade do filho
Em primeiro lugar, vem o clássico que todos os pais já ouviram: é preciso paciência. E lembrar que, apesar da intensidade que a agressão parece ter – não é fácil levar uma mordida do filho no auge da irritação –, estamos lidando com crianças, com emoções primitivas, com seres que mal entendem seus sentimentos e suas ações e dependem de nós para aprender a lidar com tudo isso. No mais, é a causa que vai mostrar a melhor maneira de administrar a situação.

Um bebê que ainda não sabe o que fazer com a frustração precisa aprender que não conseguirá o que quer gritando, arranhando ou mordendo. Os pais vão mostrar isso falando firmemente que não gostaram daquilo, que doeu, que é feio agir assim. Pode parecer que não, mas crianças de 1 ano já são capazes de entender sinais básicos,, como a cara chateada da mãe, e associar que aquilo foi uma reação a determinada atitude. Você vai falar uma, duas, dez, 100 vezes. E vai falar nos dias que estiver feliz, descansada, mas também naqueles que foi ameaçada de demissão, no que discutiu com o marido, quando foi abandonada pela empregada. E é nesses momentos que aparece o perigo de se esquecer de educar e simplesmente reprimir. Qual a diferença entre os dois? Quando educa você diz: “Bebê, a mamãe não gostou. Não faça mais isso”. Na repressão, você berra “como é possível você não entender que não pode fazer isso depois que já falei mil vezes!”, como se estivesse tratando com um adulto. “As consequências de uma boa educação demoram a aparecer e temos de repetir as regras todos os dias por muitos anos. Já a repressão tem resultado imediato, deixa a criança sem ação, com medo e por um tempo ela não repete o erro. Mas também não evolui, não reflete, não aprende”, diz Rita Calegari. Há dias que falar calmamente com uma criança exige uma extraordinária força de vontade. Mas lembre-se de que educar realmente dá trabalho. Se estiver muito fácil, você pode estar no caminho errado.

Quando a causa é uma mudança no contexto familiar, o melhor é conversar com a criança. Antes de exigir uma mudança, seja honesto, faça-a se sentir confortável e segura, apesar da situação. E, de novo, explique que as atitudes agressivas não são legais e não vão resolver os medos dela. Caso o motivo seja a imitação do que ela vê em casa, a mudança deve começar pelos pais. Eles devem rever suas maneiras, seus valores, entender que no mundo dos adultos sua forma de agir pode até estar no limite da civilidade, mas que, quando se trata de educar uma criança, tem de ser diferente e melhor.

Um fato que merece atenção: como já foi dito, as crianças pequenas não sabem discutir. Em uma luta por brinquedos com outra criança, por exemplo, é muito natural surgirem chutes e mordidas – é a forma que elas encontram para expressar seus desejos e suas decepções. “Esses comportamentos são normais e é importante que o adulto não amplifique seu significado. Se essa atitude ficar restrita a esse momento de vida, basta mostrar os limites de forma tranquila”, explica Ricardo Halpern, presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria. Isso será um sintoma de algo mais grave se for muito repetitivo e se a criança continuar irredutível mesmo depois de o contexto familiar mudar. Pode ser, então, a hora de procurar ajuda com algum especialista.